Dólar se aproxima de R$ 5,90 com embate tarifário entre EUA e China no radar 6v2h4c

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As máximas da moeda norte-americana coincidiram com o pico na aversão ao risco lá fora, quando a Casa Branca esclareceu que a tarifa total aplicada a produtos chineses será de 145%

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2025 18h13 - Atualizado em 10/04/2025 18h14
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO VENDA DÓLARES CAI APÓS INTERVENÇÃO DO BC Mais uma vez, os negócios no mercado de câmbio foram ditados pelo vaivém das notícias da guerra comercial de Trump

Após tocar R$ 5,95 no início da tarde, em linha com a piora dos ativos de risco no exterior, o dólar desacelerou o ritmo de alta nas últimas horas de pregão e encerrou a sessão desta quinta-feira, 10, com avanço de 0,88%, a R$ 5,8988. A moeda norte-americana sobe 1,09% na semana e 3,39% no mês.

Mais uma vez, os negócios no mercado de câmbio foram ditados pelo vaivém das notícias do embate tarifário entre Estados Unidos e China, que promoveram retaliações mútuas nos últimos dias. Os preços do petróleo caíram mais de 3% e já acumulam desvalorização de cerca de 15% em abril.

A percepção de que a guerra comercial vai levar a uma queda do crescimento mundial, com eventual recessão nos EUA, deprime os preços das commodities, o que castiga divisas emergentes, em especial as latino-americanas. O real liderou nesta quinta as perdas entre as principais moedas globais, seguido pelos pesos mexicano e colombiano.

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Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY caiu quase 2% e furou o piso e 101,000 pontos, com mínima aos 100,700 pontos, com a moeda americana perdendo mais de 2% em relação ao euro. Tradicional refúgio ao risco, o franco suíço subiu mais de 3%.

As máximas do dólar coincidiram com o pico na aversão ao risco lá fora, quando a Casa Branca esclareceu que a tarifa total aplicada a produtos chineses será de 145%, soma de 125% anunciados na quarta com 20% impostos anteriormente. Como informado na quarta, países que não retaliaram os EUA terão tarifa mínima de 10%, suspensa pelo prazo de 90 dias.

Nas horas finais do pregão desta quinta, houve uma moderação das perdas das divisas emergentes com acenos de Donald Trump à China O presidente norte-americano sinalizou que autoridades chinesas já teriam entrado em contato para negociar um acordo, o que o deixou esperançoso. “Em alguns sentidos, Xi Jinping (presidente chinês) tem sido meu amigo por muitos anos e espero conversar com ele”, afirmou Trump.

Pela manhã, o dólar chegou até a operar pontualmente em baixa no mercado local, com mínima a R$ 5,8259, sob o impacto da leitura benigna da inflação ao consumidor (I, na sigla em inglês) nos EUA. O índice cheio caiu 0,1% em fevereiro, quando a expectativa era de avanço de 0,1%. Já o núcleo do I avançou 0,1%, abaixo das estimativas (0,3%).

A avaliação de consultorias e economias é a de que a inflação ao consumidor ainda não reflete o impacto do tarifaço. Monitoramento do CME Grupo mostra que as apostas em torno do orçamento total de corte de juros pelo Federal Reserve neste ano oscilam entre 75 e 100 pontos-base.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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