Brasil avança em infraestrutura urbana, mas ainda tem 19,5 milhões de pessoas morando em locais sem pavimentação 4zeh
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Dados do Censo, divulgado nesta quinta (18) pelo IBGE, mostram aumento no número de pessoas com o à iluminação pública e calçadas perto de suas casas; no entanto, ibilidade e arborização deixam a desejar

Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (17) pelo IBGE, mostram que o Brasil teve avanços significativos em infraestrutura urbana na última década, mas ainda enfrenta desigualdades e carências em áreas como pavimentação de vias, ibilidade e arborização. Em 2022, 88,5% da população em áreas urbanas — cerca de 154,1 milhões de pessoas — viviam em ruas pavimentadas. Ainda assim, 19,5 milhões (11,2%) residiam em locais sem qualquer tipo de cobertura no solo, número equivalente à população de Minas Gerais. A comparação direta com o Censo de 2010 é limitada por mudanças metodológicas, mas o dado revela um cenário de persistente exclusão em algumas regiões.
A iluminação pública teve cobertura mais ampla: 97,5% dos moradores urbanos (169,7 milhões de pessoas) viviam em vias com esse tipo de infraestrutura — uma leve melhora em relação aos 95,2% registrados em 2010. Já a presença de calçadas alcançou 84% da população (146,4 milhões), frente a 66,4% em 2010. No entanto, apenas 18,8% dos moradores urbanos (32,8 milhões) viviam em ruas com calçadas livres de obstáculos, e 15,2% (26,5 milhões) tinham o a vias com rampas para cadeirantes. Apesar do avanço em relação a 2010, quando esse percentual era de apenas 3,9%, os números ainda estão distantes da universalização da ibilidade.
Outro aspecto relevante é a presença de bueiros ou bocas de lobo, essenciais para o escoamento da água e prevenção de alagamentos. Em 2022, 53,7% da população urbana (93,6 milhões) contavam com esse tipo de estrutura em suas ruas — um aumento expressivo frente aos 39,3% registrados em 2010. Mesmo assim, 80 milhões de pessoas ainda vivem em locais sem drenagem adequada. A pesquisa também revelou que 66% dos moradores (114,9 milhões) estavam em vias arborizadas, enquanto 58,7 milhões (33,7%) residiam em ruas sem qualquer árvore. O levantamento não permite comparação com o Censo anterior devido à alteração nos critérios.
Quanto à mobilidade, 90,8% dos brasileiros em áreas urbanas (158,1 milhões) viviam em ruas com capacidade para circulação de caminhões ou ônibus. Outros 6,1% estavam em vias que comportavam apenas carros ou vans, e 2,9% (5 milhões) residiam em trechos onde só era possível a agem de pedestres, bicicletas ou motos. O Censo também investigou a infraestrutura no entorno de escolas e unidades de saúde. A maioria dos estabelecimentos possuía iluminação pública (quase 99%), mas a presença de rampas para cadeirantes ainda é limitada: apenas 47,2% dos postos de saúde e 31,8% das escolas contavam com esse recurso. Calçadas livres de obstáculos estavam presentes em 49,5% dos estabelecimentos de saúde e em apenas 41% dos educacionais.
As diferenças regionais continuam marcantes. Em estados como São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, mais de 94% dos moradores de áreas urbanas vivem em ruas pavimentadas. Já em estados como Pará, Amapá e Maranhão, menos de 78% da população têm o a esse tipo de infraestrutura. O levantamento considerou cerca de 341 mil setores censitários com características urbanas, incluindo favelas e comunidades tradicionais. Ao todo, foram analisados dez quesitos de infraestrutura urbana, como pavimentação, calçada, ibilidade, arborização e drenagem, além de itens específicos no entorno de estabelecimentos públicos.
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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